Níveis ESG e os desafios socioambientais contemporâneos.

🔸ESG (Environmental, social and Governance), traduzido como ambiental, social e governança (ASG), é uma tríade que chegou ao mundo corporativo criando 3 pilares de desenvolvimento sustentável para os negócios. Não é um selo, ou certificação, e também não há um consenso sobre métricas auditáveis válidas para todos os setores econômicos.
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▪️É concebida então como uma filosofia de gestão, pautada pelo capital, em direção a anseios da sociedade, que aproxima os negócios dos 17 ODS (objetivos de desenvolvimentos sustentável) da ONU para 2030 , em que pese possa ser vista pelo mercado, apenas como uma saída para melhor gerir riscos climáticos dos investimentos.
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🔸Na prática, ESG possui diferentes níveis e vieses no que diz respeito à sua implementação pelas empresas.
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▪️Em um primeiro nível, conforme leciona Nelmara Arbex , estaria a visão da empresa relacionada com o cumprimento da legislação e com a potencial redução de custos, mediante adoção de iniciativas de impacto socioambiental positivo.
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🔸Num segundo nível, segundo a autora, estariam as empresas que entendem que o posicionamento através de metas e gestão de aspectos ESG no negócio tem vantagens estratégicas, como por exemplo acessar mercados e diferenciar-se de competidores, atrair talentos, dentre outras.
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▪️Já aquela empresa, cuja liderança entende que se considerar ESG em toda a cadeia de valor, poderá gerar mais valor para acionistas, sociedade e planeta, estaria no terceiro nível.
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🔸No quarto e último nível seria possível perceber o viés de uma economia regenerativa, ou seja, o propósito principal de gerar valor solucionando problemas socioambientais. Aqui, portanto, a pauta está mais próxima do que propõe o Sistema B de certificação, onde as empresas B, além de possuírem sólidos pilares socioambientais e de governança, possuem também alguma atividade fim voltada a gerar impacto regenerativo.
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▪️Entendo que o objetivo de uma implantação de estratégia ESG, diante dos desafios socioambientais contemporâneos, em especial o da emergência climática, além de gerir riscos materiais de cada negócio, deve ser fazer o melhor possível para conciliar lucratividade e regeneração socioambiental.
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🔸Cada negócio deve olhar para si e tentar fazer o seu melhor, considerando que não há fórmulas prontas. Se a empresa não está cumprindo nem o primeiro nível de ESG, é por ali que deve começar. E do seu status atual, buscar evoluir em sua estratégia ESG, buscando ser um protagonista em geração de valor para as partes interessadas do negócio, para a sociedade e para o planeta.
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▪️É desejável que numa jornada consciente, passo a passo, as empresas busquem chegar neste nível regenerativo.
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🔸A bem da verdade amparada pela ciência, fatores como emergência climática e extrema desigualdade social clamam para que assim pensemos coletivamente os negócios. Não só pelos riscos dos investimentos, que é o que tem mais motivado a discussão sobre a pauta, mas para que haja vida, biodiversidade e dignidade humana num futuro próximo.
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▪️É uma questão de responsabilidade com o presente e com o futuro da vida na terra, principalmente quando sabemos que somos a primeira geração a sentir os efeitos das mudanças climáticas e a última a poder fazer algo a respeito, antes que seja tarde.
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